terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Linha de chegada

O novo nascimento não é linha de chegada, é ponto de partida. É bem verdade que muitos ainda não começaram essa jornada e para que isso aconteça devemos trabalhar com empenho. Precisamos ser como o apóstolo Paulo: “(...) assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos”. (I Co 10.33;). A Palavra de Deus nos ensina que a salvação é alcançada por meio da fé e que isso acontece num instante, é como um parto, é nascer de novo.

De uma forma geral a igreja entende a sua responsabilidade com a pregação do evangelho da salvação. O problema, porém, é que não poucas vezes comemoramos e nos acomodamos apenas com o início do processo. Vemos as pessoas confessando Jesus como Senhor das suas vidas e ficamos satisfeitos. Essa tem sido uma das principais razões que justificam a fragilidade da fé de muitos, a não mudança de caráter e não influência do evangelho na vida.

Precisamos desenvolver a nossa salvação (Fl 2.12;), resgatar a imagem e semelhança do criador perdidas por causa do pecado e manter o foco, pois chegar à plena estatura de Cristo é o nosso alvo e o próprio Jesus é o nosso padrão. Qualquer coisa abaixo disso não pode ser lugar para estacionarmos.

Neste processo de aperfeiçoamento contínuo destaco a importância da graça. Não a despreze. Não faça como os Gálatas que aceitaram a salvação pela graça e quiseram o aperfeiçoamento pela lei. O nosso senso de justiça é muito aguçado. Apenas dois dias sem pecar e já começamos a pensar de nós mesmos mais do que convém (Rm 12.2;). Pela graça fomos alcançados, pela graça somos aperfeiçoados. “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13;). Essa não é uma oração somente para o ponto de partida; essa oração deve ser o nosso clamor todos os dias.

Não ande sozinho. Não despreze a prestação de contas. O acompanhamento pessoal é mais do que uma possibilidade de ser igreja, é um jeito de ser cristão. Quem entende o discipulado sabe que essa prática não é um fardo na vida do crente. O discipulado é, sem dúvida, depois da leitura bíblica e da oração a melhor ferramenta que Deus nos deu para nos auxiliar na jornada.

Finalmente, não fique parado. É pela prática que amadurecemos e aprendemos o discernimento (Hb 5.12;). Quem obedece à voz do Senhor experimenta a Sua provisão. Comece a andar na revelação que você já tem (Fl 3.16;) e você verá novas revelações surgindo para orientar sua caminhada. Deus nos abençoe nisso. Amém!