quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Eu, um escolhido?



Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Antes, vocês não eram o povo de Deus, mas agora são o seu povo; antes, não conheciam a misericórdia de Deus, mas agora já receberam a sua misericórdia. (I Pedro 2.9,10; NTLH)

Você já passou pela experiência de estar num grupo de pessoas aguardando ser convidado a participar de uma brincadeira, fazer parte de um time, ser selecionado para um projeto? Essa é uma situação frequente em nossas relações sociais que nos desafia a encararmos algumas realidades dos nossos sentimentos, como por exemplo, lidar com a rejeição, com as comparações, sentir-se aceito no grupo, etc.

A Palavra de Deus afirma que Deus escolhe pessoas. Na realidade Ele escolheu o mundo todo, mas participar da obra de Deus exige uma reação, exige reciprocidade. A grande questão não consiste em ser ou não escolhido, mas está no propósito para o qual fomos chamados.

Ultimamente tenho citado diversas vezes uma frase de Landa Cope (JOCUM): “A salvação não é linha de chegada, é ponto de partida”. Faço isso neste momento para esclarecer que fomos escolhidos para um propósito comum. Apesar do texto bíblico base da nossa meditação usar figuras próprias do judaísmo (povo escolhido, sacerdócio real, nação santa), nos esclarece do propósito maior da igreja, do povo de Deus, dos escolhidos do Senhor. Vejamos então três destaques que não podem ser negligenciados por mim e por você:
Uma nova identidade
Ser cristão implica em ser nova criatura (II Co 5.17). O novo nascimento é uma experiência de fé por meio da qual cremos que Jesus substituiu o ser humano na morte e por isso a vida eterna com Deus é possível. Por essa razão, passamos a fazer parte de um povo, nos tornamos representantes do Senhor e temos uma existência norteada pelo Espírito de Deus. O ensino dessa realidade é presente nas Escrituras de tal maneira que conversão sem transformação é algo questionável.
Quem recebe o Jesus dos Evangelhos dia após dia é contagiado pelo seu DNA de tal forma que uma nova identidade é forjada. Ser consciente de quem somos em Cristo Jesus é fundamental para seguir na carreira com ânimo e foco.
Senso de propósito
Somos o que somos para anunciar os atos poderosos de Deus. Desviar-se dos propósitos eternos de Deus para nossas vidas certamente nos conduzirá à frustração. É incrível como a linguagem que o apóstolo Pedro usa nos faz lembrar o judaísmo. Vamos pensar então no propósito de Deus para os descendentes de Abraão e consequentemente para toda a nação de Israel: “Por meio de você abençoarei todos os povos do mundo” (Gn 12.3b). O que de fato acontece com esse povo? Na prática eles sentiam-se superiores (somos salvos, vocês não), tornaram-se arrogantes e abandonaram a Deus. Tudo isso aconteceu porque eles perderam o senso de propósito. Israel esqueceu-se que eram separados para abençoar todas as famílias da terra. Mais uma vez: “Salvação não é linha de chegada, é ponto de partida”.
Mesmo a comunidade mais abençoada, cheia de recursos (pessoas, talentos e dinheiro), quando deixa de cumprir o propósito que Deus tem, começa a cair e desonra a Deus com uma religiosidade sem frutos.
Boa memória
Antes, não éramos povo de Deus, mas agora somos; antes não tínhamos alcançado misericórdia, mas agora alcançamos. Reconhecer a graça de Deus em nossa caminhada mantém nosso coração cheio de gratidão.
Fomos alcançados, ajudados e apoiados, portanto não há lugar para arrogância (I Co 4.7). Não podemos ficar presos ao passado, mas lembrar do que Deus fez mantém louvor em nossos lábios e firmeza em nossos passos, pois não somos dos que retrocedem (Hb 10.39).
Desafio: Um cristão é alguém escolhido por Deus para viver em comunhão com Ele com o propósito de discipular pessoas revelando a sua maravilhosa luz. Você reconhece esta realidade em sua vida? Neste tempo de fim de ano, avalie sua caminhada e tome as decisões necessárias para caminhar com Jesus. “Deus tem uma nova história para sua vida e o que perdido foi não se compara com o que há de vir...”.




Experiência com Deus


Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será de grande alegria também para todo o povo. Lucas 2.10;

A mensagem do anjo aos pastores é transformadora. Em primeiro lugar porque não é todo o dia que acontece de um anjo aparecer para trazer um recado de Deus. Em seguida, porque o conteúdo da mensagem é de inestimável valor “Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês – o Messias, o Senhor!”
A celebração do Natal faz menção desse dia, o dia da chegada, um marco no projeto de salvação elaborado por Deus, é o dia do nascimento de Jesus. A todos nós que estamos distantes no tempo e no contexto, pouco importa questionar se a data é exata, pois para nós o que vale é a essência e o significado da vinda de Jesus a esse mundo. É a maior demonstração do amor resgatador do nosso Deus criador.
Pensemos em alguns destaques deste episódio:
Revelação
Não é sem motivo que a mensagem do anjo começa com não temas. A experiência, o recado e o que se segue (muitos mais anjos aparecem cantando) provocam espanto e temor. O conhecimento revelado é uma necessidade para a fé cristã. Ouvir dizer que Jesus nasceu é diferente de crer que Ele nasceu. Na maior parte das experiências, as pessoas não veem anjos, mas quem conhece Jesus por meio de revelação tem sua vida transformada.
Direcionamento
O entendimento do que Deus estava fazendo muda a direção daqueles pastores. Sua agenda, sua rotina, seus planos e necessidades foram mudados para reagir àquela revelação. É impressionante como as pessoas dizem conhecer Jesus, mas isso não muda sua agenda, seu comportamento, o jeito de gastar seu dinheiro.
Adoração
Não poderia deixar de citar o ambiente de adoração destacado entre os versos 8 e 20. Os anjos adoraram a Deus dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem! Imaginemos a magnifica adoração deste momento e o melhor de tudo é ver os pastores voltando para a rotina das suas vidas com o coração transformado e radiantes de gratidão. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto.
Tenham todos um feliz Natal, cheio de revelação, direção e Adoração ao Senhor. Amém!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sacerdote Fiel


Então, suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente. I Sm 2.35a
Muitas coisas podem nos desviar do centro da vontade do Senhor. Canseira, perseguição, rotina, etc. Estas coisas naturais não são más em si mesmas, contudo nossa reação a elas pode nos tornar aprovados ou comprometer nossa caminhada com Deus.
O texto de I Samuel 2.27-36 narra a exortação de um profeta contra o sacerdote Eli. Por causa da rotina do seu ministério, Eli tornou-se passivo não fazendo o que devia fazer e por isso Deus o considerou infiel.
Diante do excesso de atividades, do enfado da rotina e dos imprevistos do dia a dia, somos desafiados a proceder de acordo com o que está no coração e na mente do Senhor. Deus perdoa nossos pecados, mas rejeita nossas desculpas. Ele só trabalha com quem é fiel.
Jesus num determinado momento do seu ministério afirma aos seus seguidores: Por que vocês me chamam “Senhor, Senhor” e não fazem o que eu digo (Lc 6.46;)? Diante disso nos conscientizamos o quão importante é ouvir a voz de Deus, buscar entender o seu coração e obedecer.
Muitas vezes a passividade dos filhos de Deus é semelhante a do marido que reclama com a esposa dizendo: “eu sei que preciso trocar a lâmpada da sala (...) não precisa ficar me lembrando disso a cada seis meses...”.
Trabalhemos enquanto é dia (Jo 9.4;). Osvald Sanders afirma que a procrastinação (deixar para amanhã o que devo fazer hoje), a ladra do tempo, é uma das armas mais poderosas do diabo, para defraudar o homem de sua herança eterna. É um hábito absolutamente fatal para a liderança espiritual efetiva.
Comece já. Busque ouvir a voz de Deus e esmere-se em obedecer. Creia nas promessas que o Senhor declara para aquele que O serve como sacerdote fiel:edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará ele diante do meu ungido para sempre” (I Sm 2.35b). Amém!


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cobertura Espiritual, Mentor e Discipulador


O bispo, juntamente com a Câmara de Discipulado; os SS.DD. e os/as Pastores/as de Cinco, buscando orientar a liderança da 6ª. Região estabeleceram as seguintes definições relativas a esses conceitos frequentemente usados tanto no meio metodista como no meio evangélico brasileiro em geral.
Cobertura Espiritual: Aquela pessoa a quem eu presto contas. Pessoa que está em posição de autoridade sobre a minha vida.
Está pessoa tem a responsabilidade de orar por mim, me cobrir espiritualmente, daí o nome de “cobertura espiritual”.
Mentor/a: É a pessoa que me ajuda a ser melhor em áreas específicas; incendeia minha paixão em algumas áreas. A idéia envolvida aqui é a do “coach” (treinador). A mentoria não pressupõe necessariamente um relacionamento pessoal. Pode acontecer através de livros, CDs, etc.
Na vida secular o mentor seria o/a professor/a, aquele/a que auxilia o pai e a mãe na educação do/a filho/a.
Podemos ter vários/as mentores/as ao longo da vida, assim como tivemos muitos/as professores/as.
Discipulador/a: É o/a que caminha comigo num relacionamento pessoal e comprometido/a me ajudando a crescer espiritualmente (ter o caráter tratado), me aproximar de Jesus (vida de santidade e consagração) e ser frutífero/a.
O discipulado pressupõe um relacionamento de compromisso visando o crescimento do/a discípulo/a.
O/a discipulador/a seria o pai ou a mãe espiritual ou aquele/a que ficou nessa condição pelo respeito e carinho que se tem pela pessoa, por isso acaba sendo alguém a quem também presto contas sobre meu desenvolvimento espiritual.
Essas três funções podem ser exercidas pela mesma pessoa em nossa vida, mas não obrigatoriamente. Posso estar debaixo da cobertura espiritual de uma pessoa, ser mentoreado/a por várias outras e discipulado/a por uma terceira.
Oramos para que a liderança da Sexta Região continue entusiasmada no cumprimento do mandato missionário de Jesus: “INDO, FAZEI DISCÍPULOS/AS”.
Bispo João Carlos

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Deus e bom

Quando a gloria do Senhor encheu o templo, o povo prostrou-se com o rosto em terra e disse: O Senhor e bom e seu amor dura para sempre. II Cr 7.3;
Que o nosso coração atraia a manifestação da Presença do Senhor.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Os MAIS santos e os MENOS santos

Chegou a hora de os mais piedosos e os mais santos contarem aos menos piedosos e aos menos santos que, se eles são de fato assim, é unicamente por causa da graça, pois eles também têm os mesmos ou maiores embaraços que os demais. Chegou a hora de os mais piedosos e os mais santos terem a coragem de proclamar bem alto: “Nós somos apenas seres humanos, como vocês” (At 14.15). Chegou a hora de os que entrevistam os mais piedosos e os mais santos, e escrevem a biografia deles, afirmarem sem o menor receio, como a Bíblia faz, que o formidável profeta Elias “era um ser humano como nós” (Tg 5.17).
Já passou da hora de os mais piedosos e os mais santos revelarem que eles não têm uma santidade inata nem fácil. Potencialmente eles também têm inveja, raiva, olhos adúlteros, vontade de aparecer, desejos pecaminosos, momentos de desânimo, crises de depressão e talvez tenham até problemas na área da homossexualidade. Se eles de fato são mais piedosos e mais santos do que o cristão comum que aspira ser piedoso e santo, é porque levam a sério o que Jesus disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34).
Os mais santos e os menos santos estão em um mesmo nível quanto à natureza caída, quanto à necessidade de perdão e quanto à fraqueza frente à tentação. Estes e aqueles são, ao mesmo tempo, atraídos por Deus e pelo mal. Ambos são tentados pela carne, pelo mundo e pelo diabo. O primeiro não é nenhum gigante e o segundo, nenhum pigmeu. A diferença não é essa, mas está no fato de que os mais santos consideram-se mortos para o pecado e o conseguem com o auxílio de Jesus. O Senhor ainda diz: “Quem está unido comigo [a Videira] e eu com ele, esse dá muito fruto porque sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15.5). Já os menos santos ainda estão engatinhando e escorregando por outro lado.
Em qualquer momento os menos santos podem entrar na fileira dos mais santos e os mais santos, se não tomarem cuidado (I Co 10.12), engrossar a fileira dos menos santos!
Chegou a hora de tirar a roupa e mostrar a nudez natural, que começou no Éden e que o anjo da igreja de Laodicéia ignorava ou escondia (Ap 3.18). Para o bem de todos – dos agora mais piedosos e mais santos (para intensificar neles o sentimento de humildade) e dos agora menos piedosos e menos santos (parra arrancar deles o sentimento de fracasso). Texto extraído da Revista Ultimato

quinta-feira, 24 de maio de 2012

De volta a Jesus

Se alguém entende de discipulado é Jesus!
O Seu método de discipulado era simples.
Jesus atraiu para si doze homens, capacitou-os e desencadeou o movimento do evangelho através deles. O fato é que você está lendo isso hoje porque aqueles homens levaram a sério o chamado deles. Jesus não tinha um plano B. Os discípulos era o plano. Ele deixou a mensagem nas mãos dele.
A maioria das pessoas teria feito diferente. A maioria das pessoas teria escolhido outro método para garantir que as pessoas ouvissem sobre o seu sacrifício. Ele, sim, tinha todos os recursos disponíveis. Afinal, era Deus.
Ele poderia ter escolhido transmitir sua morte e ressurreição para o mundo inteiro. Poderia ter pregado bem alto lá dos céus. Poderia ter enviado os anjos a distribuir folhetos pelo cosmos.
Em vez disso, ele simplesmente se derramou nos seus discípulos.
Encontrar-se com Jesus e seus discípulos nos evangelhos nos dá uma ideia do que é um processo simples de discipulado. No Evangelho de Lucas três fases distintas aparecem: chamado, edificação e envio. Essas três fases são sequenciais e foram idealizadas para conduzir os discípulos a níveis maiores de compromisso. (...)
Jesus chamou, edificou e enviou seus discípulos. Ele estratégica e sequencialmente os colocou em posição de caminhar para estágios maiores de compromisso e crescimento.
Envolva-se com esse processo você também! Amém. (texto extraído e adaptado do livro Igreja Simples)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Manhã da ressurreição

O domingo de Páscoa é domingo de revelação. A angústia crescente acumulada desde o início da perseguição e que culminou no desespero da cruz agora estava começando a materializar-se no coração dos decepcionados como uma depressão profunda, mas Jesus começa a tirar essa dor, um a um, conforme se revelava a eles.
- Mulher, porque você está chorando? Quem é que você está procurando?
Ela pensou que era o jardineiro e por isso respondeu: - se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo. – Maria! – disse Jesus.
Ela virou e respondeu em hebraico: “Raboni!” (Esta palavra quer dizer “Mestre”.) (João 20.15,16;)
Jesus está se revelando aos angustiados e cada revelação tem o seu peso de emoção. Mais do que alívio, Jesus estava trabalhando para completar a obra na vida dos discípulos e discípulas, pois, além de mostrar-se vivo Jesus diz para Maria Madalena:
- Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles o meu Deus e o Deus deles (v.17).
Nós temos a mesma dificuldade que os discípulos e discípulas tinham em compreender os planos eternos de Deus. Somos imediatistas e queremos a intervenção em nossas angústias e o estabelecimento de uma vida tranqüila, mas Deus tem mais para o seu povo. Ele nos tem revelado seus planos eternos – habitar conosco, habitar em nós.
O Senhor já começou a obra na sua vida? Você reconhece que ela obra ainda não está completa? Que o Senhor complete Sua obra em nossos corações. Vamos abrir o coração...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O processo de libertação

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8.31,32;

Quando Jesus declarou que o caminho da genuína liberdade estava acessível pelo conhecimento da verdade não somente desejava expressar uma ideia filosófica e inspiradora, mas elucidar um processo abençoador para o seu povo. Exatamente isso, um processo. À semelhança da minha própria experiência, sei que a maioria das pessoas não tem prazer em processos lentos e longos. Gostamos de fórmulas rápidas e eficientes que resolva tudo em sete passos, doze semanas, etc.

Isso acontece porque durante a vida não observamos a própria vida. O mundo natural nos ensina a respeito do tempo certo para todas as coisas e que os atalhos são sempre mais perigosos. Tenho sido desafiado por Deus a não desejar estar no lugar certo no tempo errado, ou seja, antes do tempo. Alguém já disse que a coisa certa na hora errada é a coisa errada. O Espírito Santo tem tratado com minha vida para que eu mantenha o foco no que deve ser feito no dia de hoje.

Uma das provações mais recorrente na vida do crente está na vida de oração. Quando começamos a orar nos vem à mente inúmeras atividades e precisamos de esforço para não sair correndo deixando de fazer o que é importante para atender “urgências” e isto é apenas um exemplo.

O ministério de Jesus foi desenvolvido num equilíbrio incrível entre o ensino teórico e prático. Joao 8 é um capítulo cheio de revelações em meio às tensões dos duelos com os escribas e fariseus. Neste capítulo, por exemplo, encontramos a afirmação que Ele é a luz do mundo. Logicamente afirmações como esta geravam muitos questionamentos e contestações.

Muitos questionavam e contestavam seus ensinos, muitos outros acreditavam e em Jesus encontravam esperança e cura para suas vidas. É justamente para estas pessoas que o mestre aponta um processo que possibilita viver plena liberdade. Jesus está convidando os novos convertidos para trilhar um caminho de aprendizado e serviço.

O Espírito Santo continua a fazer a obra de Deus por meio da sua igreja. Ele nos convida a crer, nos convida também a aprender a permanecer em seu ensino. Somente os discípulos que permanecem no ensino de Jesus terão acesso a verdade que liberta. Deixe a multidão e seja um discípulo do Senhor Jesus. O discipulado é o processo por meio do qual conseguiremos obedecer aos mandamentos de Deus. Que Deus te abençoe.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Coração cheio de fervor

Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois a Ele! Amém! Rm 11.36;
O que faz você feliz? Quais são as situações que o motivam? Começar um novo projeto, pensar nos sonhos, iniciar um relacionamento, mudar de casa, carro ou trabalho? O que incendeia o seu coração?
Tente responder honestamente esta pergunta. Talvez fiquemos um pouco frustrados com o resultado desta reflexão. Gostaríamos de ser mais nobres ou mais (íntegros), contudo as coisas que geram alegria em nossos corações são coisas pequenas, terrenas e voltadas para a satisfação das nossas necessidades das básicas às supérfluas.
Há um vazio em nosso coração que nos impele à busca de coisas que geram motivação. Alguém já disse que esse vazio é do tamanho de Deus e cremos mesmo nisso. A questão passa a ser como posso me relacionar com o Senhor de tal forma a encontrar vida abundante nEle, a ter esse vazio existencial satisfeito.
A Bíblia recomenda: sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; Rm 12.11b; Esta mesma expressão é traduzida da seguinte forma: “sirvam ao Senhor com um coração cheio de fervor”. É um conselho do apóstolo Paulo para a Igreja do Senhor do passado em Roma e que fala conosco como se estivesse sido escrita tão somente a nós nesses dias. Com essa expressão, o Espírito Santo está nos exortando a vivermos com paixão, motivados e cheios de fervor.
O nosso Deus é intenso, fervoroso e dinâmico e no desafio de estarmos nEle e participarmos da Sua natureza santa somos também desafiados a sermos tal qual Ele é. É fato, porém que as circunstâncias, a rotina e as dificuldades minam nosso ânimo de tal forma que alguns até mesmo adoecem. É para encontrarmos um renovo em nossa espiritualidade que a comunidade se reune neste evento. Precisamos aprender em Deus a não desistir, pois os que esperam no Senhor renovam as suas forças.
O primeiro destaque que desejamos fazer aqui é que não podemos dissociar o servir a Deus do cotidiano de cada um. Não podemos cometer o equívoco de separar nossa vida entre secular e sagrado, de dissociar nossa expressão de fé entre ganhar dinheiro e cultuar a Deus. Fomos feitos filhos de Deus para vivermos uma nova vida na qual podemos glorificar ao Senhor em tudo o que fizermos.  Compreendido isso, pensemos na motivação que precisamos para agir com excelência.
Porque dEle são todas as coisas
Um coração em chamas é sinônimo de uma vida fervorosa que glorifica a Deus. Com este alvo em mente, reconhecemos que o próprio Senhor é a fonte de toda nossa paixão e motivação e se isso é verdade, todas as demais coisas são secundárias e precisam ser colocadas no seu devido lugar de importância. Qualquer coisa que alegra o nosso coração não pode ser a fonte das nossas motivações.
Não conseguimos ver na Bíblia um Deus apático e desinteressado quanto à realidade, pelo contrário, Deus se envolve ao extremo para criar, manter (restaurar) e desfrutar do seu trabalho. Nosso padrão de fervor está em Deus. Podemos vencer as depressões porque o Espírito Santo veio habitar em nós.
O vazio no coração do ser humano que o conduz a uma busca constante é coisa de Deus. É o anseio da criação (Rm 8.20;); é a carência por relacionamento, pela unidade (I Jo 4.11,12;). É no contato com o outro que conseguimos perceber a presença de Deus em nossas próprias vidas.
Porque por Ele são todas as coisas
A seguir verificamos que a continuidade do fervor está em Deus, ou seja, quando dele nos afastamos perdemos o ânimo, pois Ele é o sustentador da nossa alegria. Aquele que começou a boa obra há de completa-la (Fl 1.6;) e é o Senhor que opera em nós tanto o querer quanto o realizar (Fl 2.13;).
Não deveríamos construir uma vida separada de Deus e buscar sua bênção para consertar o que não dá certo. O projeto de vida em Deus é aquele que O contempla em todas as fases. Podemos sonhar juntamente com o Senhor e reconhece-lo em todos os nossos caminhos (Pv 3.6;).
Porque para Ele são todas as coisas
Experimente neste ano oferecer tudo ao Senhor. Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória do Senhor (I Co 10.31;). Experimente perguntar a si mesmo se o que você está planejando ou executando está sendo feito em nome de Jesus e para a glória de Deus (Fl 1.11;).
Questione também se as pessoas com quem você se relaciona estão sendo abençoadas no contato contigo e mais, se por causa do contato elas desejarão conhecer o Deus que você serve.
Entendendo que podemos viver intensamente para a glória do Senhor a Ele seja a glória para sempre! Amém!






domingo, 1 de janeiro de 2012

Valores de uma célula

A cada dia me torno mais convicto de que a experiência pessoal com Deus que dá início à jornada rumo à Perfeição Cristã precisa ser desenvolvida a partir de um relacionamento comprometido com pessoas que partilham dos mesmos alvos e a isso chamamos de discipulado.

“A essência do discipulado é o desenvolvimento do homem interior e, quer Deus esteja desenvolvendo um Governo ou uma Economia, Ele estará trabalhando no desenvolvimento das pessoas, em como elas se enxergam e pensam”. (Landa Cope)

Para a elucidação desta prática, reconhecemos que alguns valores são fundamentais no funcionamento de um pequeno grupo.

1.       É um agrupamento de pelo menos três pessoas (Marcos 3.13-19;)

No funcionamento dos pequenos grupos, não poucas vezes discípulo e discipulador param para conversar, prestar contas, orar juntos, abrir o coração, etc. Este comportamento, porém, não supre a necessidade da comunidade. É na diversidade de experiências que a célula é fortalecida.

Assim, quando um discipulador não consegue expandir seu circulo de influência, o encorajamos a integrar-se a outra célula maior até que esteja apto a multiplicar.

Não nos faltam exemplos para fazermos com que esse valor seja imprescindível para que reconheçamos um grupo como uma célula de discipulado.

2.       Há um líder que tem discipulador (Mateus 8.5-13;)

Numa célula, o líder não é a pessoa que sabe tudo, nem tampouco é a pessoa mais habilidosa na oratória ou a que tem especial carisma para agregar pessoas. Jesus chamou pessoas ensináveis e a partir das experiências da vida, tratou o caráter destas pessoas e as capacitou para servir.

É fato, porém que um grupo de discipulado precisa ter um condutor e esse líder de grupo deve, obrigatoriamente, estar sob discipulado. A ideia de liderar de forma independente é refutada nos mais diferentes espaços da vida social. Esse valor também é imprescindível para o funcionamento de uma célula saudável. Quem não está sob discipulado não deve exercer liderança num pequeno grupo.

3.       A vida da célula é a multiplicação (Atos 1.8;)

Esse valor vala de crescimento. Uma das evidências de uma vida saudável é o crescimento. Quando um pequeno grupo (um braço estendido de uma igreja) não cresce, naturalmente cria mecanismos de manutenção e isso ferirá o princípio missionário da célula.

A frutificação é um instrumento de avaliação da saúde de um grupo. O não crescimento nos coloca numa zona de conforto. Isso é agradável, mas impede à obediência do ensino de Jesus.



4.       O centro é a Palavra (I Tm 1.3-7; II Tm 4.1,2;)

A voz do Senhor é o que mais importa. A orientação bíblica nos mantém no caminho certo.

Especialmente no encontro semanal de uma célula, temos o grande desafio de termos a Palavra do Senhor traduzida para a vida. Por isso, os encontros não são conduzidos por meio de estudos bíblicos complexos em busca de responder questões históricas ou escatológicas.

As pessoas precisam de alimento e a Palavra de Deus é esse alimento. Os líderes têm o grande desafio de transmitir a Palavra revelada, por meio da explanação bíblica simples e eficaz. A opinião do mensageiro não é mais importante do que a mensagem que ele tem que entregar.

5.       A estratégia é o relacionamento comprometido (I Co 4.16;)

Esse é outro valor inegociável para uma célula bem sucedida. Os discipuladores são pessoas que conhecem lugares e conduzem pessoas até lá usando seus dons e talentos a serviço do Reino de Deus.

Nossos discípulos precisam ver como cuidamos da nossa casa e família. Precisam ver como administramos nosso dinheiro. Precisam aprender a lealdade e a integridade. Precisam ter o caráter tratado à semelhança de Cristo.

Isso tudo só acontecerá se andarmos perto o suficiente.

Conclusão

Oro para que o esclarecimento desses valores possa nos ajudar a tornarmos o discipulado praticável e crescente neste ministério que hoje servimos. Que o Senhor nos ajude. Amém!