“A essência
do discipulado é o desenvolvimento do homem interior e, quer Deus esteja
desenvolvendo um Governo ou uma Economia, Ele estará trabalhando no
desenvolvimento das pessoas, em como elas se enxergam e pensam”. (Landa Cope)
Para a
elucidação desta prática, reconhecemos que alguns valores são fundamentais no
funcionamento de um pequeno grupo.
1. É um agrupamento de pelo menos três
pessoas (Marcos 3.13-19;)
No
funcionamento dos pequenos grupos, não poucas vezes discípulo e discipulador
param para conversar, prestar contas, orar juntos, abrir o coração, etc. Este
comportamento, porém, não supre a necessidade da comunidade. É na diversidade
de experiências que a célula é fortalecida.
Assim,
quando um discipulador não consegue expandir seu circulo de influência, o
encorajamos a integrar-se a outra célula maior até que esteja apto a
multiplicar.
Não nos
faltam exemplos para fazermos com que esse valor seja imprescindível para que
reconheçamos um grupo como uma célula de discipulado.
2. Há um líder que tem discipulador
(Mateus 8.5-13;)
Numa
célula, o líder não é a pessoa que sabe tudo, nem tampouco é a pessoa mais
habilidosa na oratória ou a que tem especial carisma para agregar pessoas.
Jesus chamou pessoas ensináveis e a partir das experiências da vida, tratou o
caráter destas pessoas e as capacitou para servir.
É fato,
porém que um grupo de discipulado precisa ter um condutor e esse líder de grupo
deve, obrigatoriamente, estar sob discipulado. A ideia de liderar de forma
independente é refutada nos mais diferentes espaços da vida social. Esse valor
também é imprescindível para o funcionamento de uma célula saudável. Quem não
está sob discipulado não deve exercer liderança num pequeno grupo.
3. A vida da célula é a multiplicação
(Atos 1.8;)
Esse valor
vala de crescimento. Uma das evidências de uma vida saudável é o crescimento.
Quando um pequeno grupo (um braço estendido de uma igreja) não cresce,
naturalmente cria mecanismos de manutenção e isso ferirá o princípio
missionário da célula.
A
frutificação é um instrumento de avaliação da saúde de um grupo. O não
crescimento nos coloca numa zona de conforto. Isso é agradável, mas impede à
obediência do ensino de Jesus.
4. O centro é a Palavra (I Tm 1.3-7; II
Tm 4.1,2;)
A voz do
Senhor é o que mais importa. A orientação bíblica nos mantém no caminho certo.
Especialmente
no encontro semanal de uma célula, temos o grande desafio de termos a Palavra
do Senhor traduzida para a vida. Por isso, os encontros não são conduzidos por
meio de estudos bíblicos complexos em busca de responder questões históricas ou
escatológicas.
As pessoas
precisam de alimento e a Palavra de Deus é esse alimento. Os líderes têm o
grande desafio de transmitir a Palavra revelada, por meio da explanação bíblica
simples e eficaz. A opinião do mensageiro não é mais importante do que a
mensagem que ele tem que entregar.
5. A estratégia é o relacionamento
comprometido (I Co 4.16;)
Esse é
outro valor inegociável para uma célula bem sucedida. Os discipuladores são pessoas
que conhecem lugares e conduzem pessoas até lá usando seus dons e talentos a
serviço do Reino de Deus.
Nossos
discípulos precisam ver como cuidamos da nossa casa e família. Precisam ver
como administramos nosso dinheiro. Precisam aprender a lealdade e a
integridade. Precisam ter o caráter tratado à semelhança de Cristo.
Isso tudo
só acontecerá se andarmos perto o suficiente.
Conclusão
Oro para
que o esclarecimento desses valores possa nos ajudar a tornarmos o discipulado
praticável e crescente neste ministério que hoje servimos. Que o Senhor nos
ajude. Amém!