De uma forma geral a igreja entende a
sua responsabilidade com a pregação do evangelho da salvação. O problema,
porém, é que não poucas vezes comemoramos e nos acomodamos apenas com o início
do processo. Vemos as pessoas confessando Jesus como Senhor das suas vidas e
ficamos satisfeitos. Essa tem sido uma das principais razões que justificam a
fragilidade da fé de muitos, a não mudança de caráter e não influência do
evangelho na vida.
Precisamos desenvolver a nossa salvação
(Fl 2.12;), resgatar a imagem e semelhança do criador perdidas por causa do
pecado e manter o foco, pois chegar à plena estatura de Cristo é o nosso alvo e
o próprio Jesus é o nosso padrão. Qualquer coisa abaixo disso não pode ser
lugar para estacionarmos.
Neste processo de aperfeiçoamento
contínuo destaco a importância da graça. Não a despreze. Não faça como os
Gálatas que aceitaram a salvação pela graça e quiseram o aperfeiçoamento pela
lei. O nosso senso de justiça é muito aguçado. Apenas dois dias sem pecar e já
começamos a pensar de nós mesmos mais do que convém (Rm 12.2;). Pela graça
fomos alcançados, pela graça somos aperfeiçoados. “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13;). Essa não
é uma oração somente para o ponto de partida; essa oração deve ser o nosso
clamor todos os dias.
Não ande sozinho. Não despreze a prestação de contas. O acompanhamento
pessoal é mais do que uma possibilidade de ser igreja, é um jeito de ser
cristão. Quem entende o discipulado sabe que essa prática não é um fardo na
vida do crente. O discipulado é, sem dúvida, depois da leitura bíblica e da oração
a melhor ferramenta que Deus nos deu para nos auxiliar na jornada.
Finalmente, não fique parado. É pela prática que amadurecemos e aprendemos
o discernimento (Hb 5.12;). Quem obedece à voz do Senhor experimenta a Sua
provisão. Comece a andar na revelação que você já tem (Fl 3.16;) e você verá
novas revelações surgindo para orientar sua caminhada. Deus nos
abençoe nisso. Amém!